quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Olhei para o caderno aberto diante de mim

Aquele papel em branco parecia chamar por alguma coisa a mais, algo que o preenchesse de uma forma ou de outra. Eu precisava colocar vida naquela tela monótona e vazia. Segurei firme a caneta e rabisquei. Nossa, que confusão de traços, e de formas, de curvas, de retas, mais que sobe e desce, que loucura... e, de repente, sem nada planejar, uma flor. Como ela fora parar ali? Pétalas não muito bem formadas, e um miolo que de longe não poderia ser considerado um círculo exatamente, mas era uma flor, não havia contestação. Ela estava ali, no meio da bagunça, perdida. Só gostaria de ser notada, só desejava que a fosse dado um pouco mais de atenção. Afinal, ela era tão bonitinha! Admirei-a por um tempo. Depois fechei meu caderno e resolvi finalmente me concentrar no meu quase impossível trabalho de Química.

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