segunda-feira, 25 de junho de 2012

tic tac

tic tac, tic tac, tic tac, era só isso que passava pela sua cabeça. Todo o tempo - ou quase todo -  ao dormir, ao levantar-se tic, ao calcular uma mísera frase tac, um movimento que fosse. Era como se nada pudesse ser espontâneo, do nada, vindo de dentro. Da inocência. Tinha medo de errar: medo de que qualquer coisinha fora de lugar fosse... Fosse. Se fosse. E se fosse? Deveria dar um jeito, arrumar uma maneira de acabar com aquele tormento! O reloginho deve parar, as pilhas têm de ser trocadas; Afinal, estão sempre fabrincando pilhas melhores.

domingo, 18 de março de 2012

Será?

É sempre difícil tomar uma decisão. Em qualquer situação, qualquer circunstância de dúvida: nunca é fácil assumir um lado... Não sem pensar "será que é isso mesmo?". Isso porque somos constantemente movidos pelas incertezas. É na margem de erro que se esconde uma grande descoberta; Nada é exato, nem mesmo matemática: Aprendemos um dia que 2 menos 4 não existe. Algum tempo depois, nos falaram que não era verdade (2-4= -2). Por isso somos eternamente condicionados à buscar respostas, sabendo que as mesmas gerarão apenas mais e mais perguntas. Sócrates estava certo (ou não): Uma síntese deve gerar uma antítese, e só assim surgirá uma conclusão: A tese.