tic tac, tic tac, tic tac, era só isso que passava pela sua cabeça. Todo o tempo - ou quase todo - ao dormir, ao levantar-se tic, ao calcular uma mísera frase tac, um movimento que fosse. Era como se nada pudesse ser espontâneo, do nada, vindo de dentro. Da inocência. Tinha medo de errar: medo de que qualquer coisinha fora de lugar fosse... Fosse. Se fosse. E se fosse? Deveria dar um jeito, arrumar uma maneira de acabar com aquele tormento! O reloginho deve parar, as pilhas têm de ser trocadas; Afinal, estão sempre fabrincando pilhas melhores.